Tuesday, December 9, 2008

Yoga, quem precisa ?

Não tenho por costume publicar 'piadas' recebidas nas cadeias de mail mas não resisti a este, até para colocar alguma coisa já que ando há meses ausente desta lide.

Na Índia: 20 anos de muito exercício mental, jejum, abstinência, concentração, meditação



Em Portugal: uma hora bebendo bagaço,



Monday, August 11, 2008

Ainda não perdi o jeito ...

Costuma ser nas férias que ponho a escrita em dia.
No entanto, seja porque a idade já não ajuda, seja porque o desejo também vai esmorecendo, seja porque a qualidade do ambiente lá por baixo vai-se degradando estas férias tenho escolhido dormir em vez de avançar.
O Eduardo bem me tenta convencer mostrando-me todas as suas qualidades e dando provas de um desempenho deveras invejável.
Ontem, lá me convenci, tenho de o fazer.
Comecei sem grande vontade e entreti-me nos preliminares.
Finalmente lá avancei para zonas mais profundas.
E lá estava, um buraco com boas perspectivas.
Avancei de cabeça, agarrei-me onde pude, a arma que disponho era grande para aquele buraco, pelo que tive de fazer algum contorcionismo, mas lá consegui enfiá-la.
Disparei demasiado rápido, mas mesmo assim, consegui.
Apanhei um Sargo de 2 Kg no meu primeiro mergulho nestas férias.
Afinal, ainda não perdi o jeito.





Monday, August 4, 2008

hay pollo asado

Estou de férias, e ao jeito de 'conta-me como foi' relembro um episódio antigo relativo a um período maravilhoso, era criança ...
Esta estória exige algum esforço de imaginação sendo de todo impossível para menores de 40 anos.
Recuemos a 1972, a uma família da pequena burguesia lisboeta, pai agente técnico de engenharia, mãe doméstica e duas crianças de 10 e 5 anos (eu e a minha irmã), não existe Internet, telemóveis e a televisão resume-se a dois canais (a preto e branco) e à série do franjinhas.
Em termos políticos estamos na era marcelista e Portugal é ainda um país fechado e isolado da Europa e de Espanha trazia-se caramelos e pirex verdes, a peseta custava 40 centavos e dizia-se que deste sitio nem bons ventos, nem bons casamentos (de ventos não conheço, de casamentos também não, mas não é por acaso que actualmente o meu chefe é espanhol e o meu cliente também).
Informação não existia (circulava de boca em boca) e ouve-se falar de um paraíso existente no sul de Espanha chamado Torremolinos (e muito antes do Verão Azul e da história do Chanquete e da Júlia) .
E é dessa forma que a família Pinto decide ir de férias para Espanha.
Sem saber espanhol (ou de forma mais correcta castelhano) e sem qualquer tipo de plano (a não ser que haviam de trazer caramelos).
A primeira fase da viagem leva-nos a Sevilha, hospedados numa qualquer pensão de segunda e o drama desenrola-se à hora da refeição;
Duas crianças para alimentar (e esquisitas) e uma ementa onde se lia
  • Chuletas de Cedro (Cedro na minha terra é uma árvore, lembro-me da minha mãe comentar)
  • Solomillo de Cordero
  • Brocheta de Rape (escuso-me a comentar, até porque não tinha idade para compreender)
ou seja, passámos fome ...
ao segundo dia, o meu pai, já meio em desespero, perdeu o amor às poucas pesetas que levava e fomos a um restaurante fino ...
a ementa era parecida, e depois de muita análise, mandou-se vir um Consumé de Aves, que se revelou um insipido caldo knorr, intragável e devolvido à cozinha,
eis, senão, que passa um maravilhoso frango assado, e nós logo em coro exclamamos, EU QUERO AQUILO !
O meu pai (com o seu maravilhoso feitio, que eu também herdei, de não perguntar nada a ninguém) lê diversas vezes a ementa com atenção e conclui;
Não há Frango assado, deve ter sido encomenda especial.
Ainda hoje o pollo é um dos meus pratos preferidos.
Boas férias.

Thursday, July 17, 2008

Mudando de assunto,

Estou apaixonado, e é por ti !

Wednesday, July 9, 2008

Monday, June 30, 2008

Ovelha Ronhosa

Um leitor do meu blog (que regista dois leitores assíduos) perguntou-me o que é que o meu apelido Costa tinha a ver com a minha ascendência beirã, referida em post anterior, pelo que me socorro de informação retirada do portal de trancoso onde se conta a história do ilustre Padre Costa.
Talvez o maior progenitor do país, foi um Padre, que gerou 299 filhos. A heresia ocorreu no século XV envolvendo o prior de Trancoso, de nome Francisco Costa, que levou à letra a citação de Cristo "Crescei e multiplicai-vos". E o homem assim fez.
Ao todo contaram-se-lhe 299 filhos, concebidos em 53 mulheres, sendo 214 raparigas e 85 rapazes. A sua capacidade reprodutora, assente numa libertinagem sem fim, chegou a ser condenada pelo tribunal da época. O Costa foi mesmo condenado, naturalmente com uma sentença "medieval". Seria arrastado pelas ruas públicas, preso aos rabos dos cavalos. Depois deveria o seu corpo ser esquartejado e deposto aos quartos, sendo que a cabeça e as mãos seriam depositadas em diferentes distritos. A cópia da sentença, proferida em 1487, está na Torre do Tombo.
Porém e sobre a sua condenação, o rei D. João II decidiu dar-lhe um indulto e perdoar-lhe, com o pretexto de que, à época, a região interior do país tinha poucos habitantes tendo pois o padre Costa contribuído de uma forma invulgar para o povoamento da Beira Alta. Foi em liberdade para casa a 17 de Março desse mesmo ano de 1487. Ainda hoje por aquelas paragens, grande parte das gentes usam o apelido "Costa" e o facto não evita "brincadeiras". -"Não serás descendente do Padre Francisco Costa?"
Não sei se descendo do padre, mas se o for, nitidamente sou a ovelha ronhosa desta familia.

Monday, June 23, 2008

E pronto já me fingi de culto ...

Aproveitei uma deslocação recente a Madrid para visitar o triângulo cultural de arte composto pelo Museu Rainha Sofia, o Museu do Prado e o Museu Thyssen-Bornemisza, além disso ia com o meu chefe e fica sempre bem parecermos cultos, e não avançar logo para as cañas.

Começo pelo fim surpreendeu-me o Rainha Sofia, desiludiu-me o Prado.

A minha classificação de arte baseia-se num princípio sagrado e comum aos grandes críticos, Onde penduraria na minha casa o quadro em questão?

Por ordem de importância (e de agrado) temos os quadros;

para a sala;
para o quarto (nitidamente a Maja Desnuda);
para o corredor;
para casa de banho
e em último lugar a Despensa (para afastar as formigas).

Munido, portanto, de um sistema de classificação universal e adoptado por uma qualquer norma, iniciei a visita pelo Museu Nacional Centro de Arte Moderna e Contemporânea Reina Sofia, tendo como principal objectivo ver uma exposição da Paula Rego.

Destaque: Picasso com uma sala dedicada a esse fabuloso Guernica;


Tive também o prazer de descobrir um Dali dedicado à minha humilde pessoa;


El Gran Masturbador (Salvador Dali, 1929)

E finalmente a Paula Rego, o que dizer da Paula Rego, no mínimo dificil, complicado, nalguns chocante, mas sempre descobrindo traços dum Portugal rural e pequeno para a sua arte.














Seguiu-se o Prado.

Estava cheio (e a um dia de semana à tarde), muitos turistas a falar alto e em grupos na frente dos principais quadros, não faltando os simpáticos japoneses a fotografar tudo que mexia (neste caso que não mexia).
Muitos quadros tipo feira do relógio, cenas religiosas, cruz, apóstolos, não faz propriamente o meu género (despensa com eles).

Quadros apresentando a realeza da época, duquesa feias, marquesas gordas, viscondes efeminados e príncipes marrecos.

Abro uma excepção a dois retratos apresentando princesas, rainhas portuguesas;

A imperatriz Dona Isabel de Portugal (rainha de Espanha, esposa de Carlos V e mãe de Filipe II)


E a rainha Santa Isabel, a do milagre das rosas (sim, não era portuguesa, era de Aragão)


Tive oportunidade de também dar uma vista de olhos no Playboy de outras épocas


Que me perdoe a brincadeira Francisco Goya com a sua fabulosa 'maja desnuda' (1797-1800)



Também de Goya a série de Pinturas Negras e que são um espanto (sem dúvida para expor na sala e em lugar de destaque)














Finalmente no último dia da presença em Madrid e já a fazer horas antes de ir para Barajas, chegou a vez do Museu Thyssen-Bornemisza.

Infelizmente, já cansado, não tive oportunidade de lhe dedicar a atenção merecida.

Mas ainda tive tempo de admirar o Leão de Alberto Durero (não sei porquê, faz-me lembrar, o simbolo sportinguista, leão, mas pouco, tipo fidalgo arruinado, a fingir uma bravura que esconde a sua degradação).



Também Wassily Kandinsky, principalmente da fase inicial da sua carreira.


Esta preferência vem de um filme com a Ashley Judd que utiliza obras de Kandinsky no decorrer do mesmo, tendo ficado fã da Ashley, perdão do Kandinsky.

Nitidamente a merecer uma visita mais cuidada em futuro próximo.

E pronto já me fingi de culto, posso voltar ao normal.

Friday, March 14, 2008

Já Que ...

Tendo uma costela de ascendência Beirã, a minha mãe é natural da zona de Viseu, e o meu apelido Costa confirma-o, recordo nesta época de Páscoa uma das tradições e costumes que mais aprecio. A Bênção Pascal em que o Padre e todos os habitantes da aldeia deslocando-se em procissão, visitam todas as casas, sendo recebidos por uma mesa farta e onde se destaca um belo queijo da serra servido em cima de uma fatia de pão-de-ló.
Uma pequena história ilustra este costume, e descreve uma família de prole numerosa e de grandes dificuldades económicas.
O Patriarca desta família em concluo com o padre e com o comerciante local apresentava, como todos, uma boa mesa onde não faltava um excelente e cremoso queijo.
Era evidente que o Padre sempre se desculpava e deixando a sua bênção deixava também intacto o queijo que posteriormente era devolvido ao comerciante.
Tudo corria bem até que um ano, o velho e conhecido padre foi substituído por um novato que não sendo conhecedor deste hábito, se serviu do queijo que lhe ofereciam.
Acto continuo o patriarca da família dirigiu-se à janela e gritou alto:
- JAQUE, JAQUE !!!
Desta chamada surgiu o filho mais velho que aproximando-se da mesa cortou uma generosa fatia de queijo.
Esta cena repetiu-se por dez vezes e a cada 'JAQUE, JAQUE' aparecia um dos filhos deste pobre homem os quais se iam servindo do belo queijo disponível.
Finalmente o Padre surpreendido lá conseguiu fazer a pergunta que lhe estava atravessada:
- Então o Senhor trata todos os seus filhos pelo mesmo diminutivo de Jaque?
Resposta pronta,
- Não Sr. Padre, JÁ QUE se encetou, então come-se.

Boa Páscoa

Thursday, February 14, 2008

Saia na saída

E pronto. Como fanático de gadgets que sou, lá me converti à maravilha do GPS o que me permitiu ir sem problemas de Lisboa à Calle de Sobrarbe, nº2 em Saragoça.
Nas opções escolhi uma voz com sotaque brasileiro e a minha frase preferida era a indicação de saida (turn on the exit) traduzida para SAIA NA SAÍDA.
Um add-on fantástico seria a possibilidade de gravar as instruções de GPS com vozes conhecidas, para o qual fiz um pequeno exercicio de demonstração,

A minha mãe - Filhote, vira onde quiseres, de certeza que estás correcto !
A minha ex-sogra - Vire, onde virar, você está errado !
O meu pai - Vai atrás daquele carro, que tem ar de ir para o mesmo sitio.
O meu filho - Pai, quantos quilómetros faltam para chegarmos ? (repetir a cada 30s)
A minha irmã - VIRA À ESQUERDA !
O meu cunhado - Faz o que a tua irmã disse.
O meu chefe - Temos de virar à direita, apresenta-me por favor, um relatório de custos com base na respectiva baseline, mas não te esqueças que tens sempre outras opções que deves levar em conta na apresentação em powerpoint para o cliente.
O meu cliente - A vossa proposta é uma merda, eu quero virar à esquerda.
O meu colega - Se virares à esquerda estás a dar graxa ao chefe, se virares à direita estás a ceder ao cliente, se fores em frente bates no muro, estás f.....
Carina Vanessa Solange - oi ámózinho, quéé iii pásséááá, sooon dúzéeentóos ééúróóós, tá

Monday, February 11, 2008

O valor da amizade

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."

Fernando Pessoa

Passei a semana do Carnaval a esquiar em Andorra.
Com os meus filhos e com os amigos de viagens mil.
Foi a primeira viagem que realizei com os meus queridos e velhos amigos na nova condição de sozinho.
Os putos estão crescidos e a ficar autónomos o que aumenta o estado e espírito de solidão.
E aí vocês foram inexcedíveis (como sempre).
Quando após o longo regresso nos despedimos, as lágrimas vieram-me aos olhos, provavelmente também de cansaço, mas acima de tudo de agradecimento pela vossa amizade.
Obrigado Eduardo!
Obrigado Mena!

Friday, January 4, 2008

Proibido Fumar

Depois disto,


Para quando isto,